domingo, 30 de setembro de 2007

Cá com Meus Botões – Assunto: Música

Eu, como um viciado em baixar músicas através de blogs, notei que encontrar um blog que se dedique à música Erudita, ainda mais a Música do Século XX e da atualidade é bastante difícil, se não, impossível. Pensando cá com meus botões, porque não postar, de vez em quando, esse tipo de música, que também é difícil de se encontrar por aí pra vender e, quando encontrado, como geralmente são discos importados, são bastante caros. E, acima de tudo, é música pouco conhecida e muito, muito interessante.
É justo começar por um compositor que foi um dos precursores desta revolução musical que se instaurara no século XX, Arnold Shöneberg, pai do dodecafonismo, base musical de mais da metade dos compositores do século XX. E Pierrot Lunaire é uma das obras mais importantes deste grande compositor, e também das mais conhecidas.
Vale muito a pena citar aqui também que não sou especialista em música, quiçá em Música Erudita do Século XX e além. Mas às quartas-feiras, na rádio Paraná Educativa, FM 97.1, às 22h passa o programa do meu grande amigo e compositor Harry Crowl, chama-se Música da Atualidade. Vale a pena conferir. Nós, aqui deste lado, apenas reforçamos o assunto.

Arnold Shöenberg e sua Obra


Nascido em Viena, a 13 de setembro de 1874, Arnold Franz Walter Schöenberg, de uma família de judeus ortodoxos, numa Europa declaradamente anti-semita. Compositor autodidata, se identificou primeiro com a escola alemã, denominada Expressionismo, que compactuava com as idéias de Sigmund Freud. Das observações ao interior do ser humano, seus sonhos e absurdos, ao inconsciente. Em 1909 compõe aquela que seria a primeira obra dodecafônica da história da música, suas Três Peças para Piano, Opus 11. Diferente de seus comtemporâneos, Stravinski e Bártok, não alcança a fama por se considerar sua música muito violenta, muito fora dos padrões. Porém, deixa dois importantes seguidores: Alban Berg e Anton Webern. Este último iria revolucionar de vez a música no ocidente, sendo considerado mesmo um dos precursores da Música Contemporânea do pós-Guerra.
Com a ascensão do nazismo, é obrigado a mudar-se para os Estados Unidos, onde passa momentos difíceis. Sua obra é radicalmente alterada pela ditadura da liberdade americana. Lá faz mais alguns importantes discípulos, como o compositor John Cage, aliás a quem o mestre vienense profetizará que jamais iria se tornar um compositor, por suas dificuldades técnicas em entender certos conceitos musicais. Morreu em 1951, pouco conhecido e com muitas obras inacabadas.

Pierrot Lunaire


Três vezes sete poemas do 'Pierrot Lunaire', o "Pierrot lunático", Op. 21, é um ciclo de canções faita com base num conjunto selecionado de 21 poemas da tradução alemão realizada por Erich Hartleben do ciclo de poemas homônimo escrito por Albert Giraud. A obra estreou no Berlin Choralion-saal em 16 de outubro de 1912, com Albertine Zehme como vocalista.
Composta para solista soprano e orquestra canta os poemas em Sprechstimme, uma espécie de versão vocal ao atonalismo de Schöenberg.
A presente versão é uma gravação do final dos anos 90 da Deutsch Grammophon, regida pelo maestro e compositor francês, Pierra Boulez.

domingo, 23 de setembro de 2007

Não deixe o Domínio Público morrer!

Ouvi dizer que o nosso brilhante Ministério da Cultura teve também brilhante idéia de extinguir o site Domínio Público.Pois bem, pela primeira vez uso meu blog para fazer um apelo a todos aqueles que se importam com a tão sucateada cultura do nosso país. Há um link fale conosco, que usaremos como uma espécie de ouvidoria. Então, vamos todos escrever cartas lamentosas, pedindo pelo amor de Deus que não façam essa besteira!A saber, o http://www.dominiopublico.gov.br/, é um site que, como já diz o nome, abriga milhares de obras, tanto visual, como sonora, bem como livros literários, técnicos, teses, tudo na faixa. Pra se ter uma idéia, a quantidade de títulos de obras literárias chega a quase 800 títulos. Trabalhos muito, muito interessantes como, Machado de Assis, Lima Barreto e Fernando Pessoa.Vamos lá, pessoal, não custa nada deixar mais este absurdo acontecer. Nosso tão malfadado país já anda miserável demais, culturalmente falando, (e economicamente também). Dêem uma forcinha, tenho certeza que vocês colocarão a cabeça no travesseiro mais leve depois disso.